Estamos con Benita Prieto en Rio de Janeiro, y Boni ha sido repatriado a Espanha casi delante de nuestras narices por no traer visa (y este teclado no tiene acentos ni enhes). Es una pena que en este mundo que quiere ser cada vez mas abierto, pasen estas cosas todavia. Estamos tratando desde Rio que Boni pueda llegar de nuevo al Simposio Internacional de Narradores de Historias, donde le estamos esperando.
Boni, estamos contigo.
Esta es la nota que ha difundido Benita desde Rio:
Boniface Ofogo Nkama (http://www.boniofogo.com/ ) nascido na
República dos Camarões e radicado na Espanha desde 1988, nosso convidado para o
Simpósio Internacional de Contadores de Histórias (www.simposiodecontadores.com.br)
que acontecerá na próxima semana, no Rio de Janeiro e em Ouro Preto, foi
impedido de entrar no Brasil, no aeroporto de Confins/BH, pela Polícia Federal
que alegou falta de visto, no dia 23/07/2010(sexta-feira),vindo de Madri em voo
da TAP.
Ele havia estado com a Vice-Cônsul do Brasil em
Madri, no dia 20/07, com toda a documentação e foi informado que há pouco tempo
foi celebrado um acordo que dispensava o visto dos cidadãos camaroneses.
Confirmando o e-mail que eu havia recebido do setor de vistos do Consulado do
Brasil em Madri dizendo não haver necessidade, pois a carta convite de
intercambio cultural era suficiente para sua estada no país, como turista,
durante três meses.
Boniface embarcou sem problemas, mas ao chegar ao
aeroporto de Confins/MG a Policia Federal não permitiu sua entrada. Embora ele
tenha relatado toda a situação, mostrado os documentos, cartas, e-mails, seus
livros, o programa do Simpósio de Contadores. UMA SITUAÇÃO HUMILHANTE E
CONSTRANGEDORA.
Boniface me telefonou às 17 horas dizendo que às 19
horas seria DEVOLVIDO a Madri. Imediatamente liguei para a Polícia Federal do
aeroporto de Confins perguntando o que poderíamos fazer. E eles me disseram que
nada.
Recorremos ao serviço de imigração e o Ministério das
Relações Exteriores enviou uma permissão para a entrada no país.
A Polícia
Federal alega que a permissão chegou as 19h31 e o voo já havia partido as 19
horas. E novamente me disse que não se podia fazer mais nada.
ESSA ATITUDE É INACEITÁVEL. Boniface é um artista
reconhecido internacionalmente e que já esteve em 18 países sem nenhum problema,
inclusive no Brasil, em dois simpósios anteriores, e foi um dos protagonistas do
documentário Histórias que gravamos aqui em 2005.
Estou
envergonhada e preciso tomar uma atitude, pois tenho certeza que houve
PRECONCEITO COM UM AFRICANO, POR SER NEGRO E ARTISTA.
Boniface é um
artista excepcional, um contador de histórias, um intelectual, um mediador
intercultural, um escritor. Vinha para o Brasil para estrear no Simpósio o
documentário En Memória uma homenagem a seu pai, recentemente falecido.Ele é da
etnia yambasa onde seu pai era rei e o detentor da palavra, um mestre da cultura
popular.E Boniface por tradição agora representa na sua etnia o que foi seu
pai.
Nossa primeira ação foi entregar para um advogado todos os
documentos pedindo que Boniface seja trazido ao Brasil para o evento com todo o
respeito e dignidade que merece. E com um pedido de desculpas do governo
brasileiro.
A situação é lamentável nesse momento em que o
Presidente Lula acaba de voltar da Africa para acordos de cooperação com esse
continente que é o berço da humanidade.
E imaginem o que pode acontecer na Copa do Mundo de
2014 e nas Olimpíadas de 2016 se as informações dos consulados do Brasil no
exterior divergem das que existem no nosso país.
Peço a todos que
nos apoiem enviando este email para sua rede de amigos e para todas as
instituições públicas e privadas, nacionais e internacionais, que conheçam. E
repliquem esse e-mail nos seus blogs e nas redes sociais.
Benita
Prieto
Idealizadora e Produtora do Simpósio
e-mail : simposiodecontadores@simposiodecontadores.com.br
2 comentarios:
Estoy muy triste por lo que pasó con Boni.Justamente al Maestro Boni,que con sus cuentos nos enseña "humanidades, e intercambio cultural".
Conozco muy bien a Boni. Se que mi querido hermano va a sobrellevar este insulto y saltar sobre él, para seguir entregandonos lo que el sabe hacer. Contarnos con más fortaleza esos cuentos que ha mi me han marcado para siempre.
Pedro Parcet
A afirmação de “…que houve PRECONCEITO COM UM AFRICANO, POR SER NEGRO E ARTISTA…” é equivocada e lesiva.
Merece mais que comentários, providencias também!!!
Todas as informações relacionadas ao controle migratório estão difundidas nos sites governamentais de forma a proporcionar as orientações necessárias aos passageiros e evitar transtornos.
Nesta matéria, o propósito da estada do estrangeiro no Brasil era de caráter cultural, condição de artista, ou mesmo turista, sendo indispensável portar o visto correspondente conforme determina a lei 6.815/80, estatuto do estrangeiro, veja o artigo 4° e 13°.
http://www.planalto.gov.br/ccivil/leis/L6815.htm
Quanto à exigência de vistos estabelecida nos acordos internacionais, o MRE disponibiliza em seu site as devidas informações.
É possível constatar que, para Camarões, conforme acordo Bilateral com o Brasil, apenas os portadores de passaporte diplomático e passaporte oficial têm dispensa de visto para estada até 90 dias, o que, neste caso, não era o correspondente.
http://www.itamaraty.gov.br/o-ministerio/conheca-o-ministerio/comunidades-brasileiras/divisao-de-documentos-de-viagem-ddv/regime-de-vistos?searchterm=vistos
Conclusão: Para a organização de eventos no Brasil com participação de estrangeiros, recomenda-se o cuidado de atentar às leis e acordos internacionais vigentes, observando a atividade a ser exercida pelo estrangeiro e sua nacionalidade definida no respectivo documento de viagem a ser apresentado à fiscalização.
A tentativa de manipular opiniões convertendo a ação fiscalizadora legítima de uma instituição oficial séria e notoriamente imparcial em ato que denota racismo, tipificado como crime, denegrindo publicamente sua idoneidade e credibilidade é fato grave, potencializado a medida que se propaga e merecedor da devida ATENÇÃO.
Observem ainda que o estrangeiro está tripudiando do Brasil e Policia Federal em seus e-mails publicados.
E, claro, não se deve esquecer dos provocadores da injuria dirigida a autoridade que cumpriu o dever de ofício.
Abraços
Alvimar
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